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Diplomacia, inflação, câmbio: o que influencia e o que está em jogo nas exportações de café para os EUA
Maior produtor do mundo, Brasil exportou, em 2024, US$ 1,9 bilhão do grão para os norte-americanos, agora sob o comando de Donald Trump. Especialistas não acreditam em taxação imediata, mas cenário político causa apreensão. Produção de café na Alta Mogiana, no interior de São Paulo. Reprodução/EPTV De um lado, o Brasil, maior produtor de café do mundo. Do outro, os EUA, o maior mercado consumidor em termos absolutos e o principal comprador do grão brasileiro. No meio, uma conjunção de fatores políticos e econômicos, em grande parte influenciados pela posse do presidente Donald Trump, que devem dar o tom a uma das mais importantes atividades agrícolas do país. Um setor que começa 2025 com uma projeção de quebra na safra após perdas com os incêndios e efeitos climáticos do ano passado. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp "Café eles não produzem, mas são o maior consumidor do mundo. Não dá pra se ignorar um fato desse, a magnitude. Não digo que eles ditam o preço do mercado, mas eles são compradores que não podem ser ignorados", afirma o economista Maurílio Benite, doutor em administração e consultor agrícola de Ribeirão Preto (SP). As incertezas em torno de mercados como o cafeeiro ficaram mais evidentes principalmente após Trump anunciar taxas a produtos estrangeiros. Em um dos episódios mais recentes, ele chegou a impor de imediato 25% sobre produtos colombianos, como o café, após o presidente Gustavo Petro se recusar a receber aviões com imigrantes repatriados. Como o chefe sul-americano voltou atrás, nenhuma taxação foi aplicada por Trump. Quando questionado sobre o assunto, por sua vez, o presidente Lula disse que haverá reciprocidade do Brasil caso os produtos do país sejam taxados. Além de anunciar 'tarifaço' para Canadá e México, Trump afirmou que ainda está estudando medida semelhante para a China. Getty Images via BBC Nos tópicos a seguir, entenda alguns fatores que podem influenciar as exportações de café: Qual é o peso dos EUA para as exportações do café brasileiro? Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, em 2024 o Brasil exportou para outros países 50,5 milhões de sacas de café (60kg), com uma alta de 28,8% com relação a 2023, e uma receita total de US$ 12,3 bilhões - uma elevação de 52,6% nos ganhos. Principal comprador do grão, os EUA importaram US$ 1,9 bilhão em café não torrado, o que corresponde a 4,7% de tudo o que adquiriram do Brasil no ano passado e que rendeu US$ 40,3 bilhões. Na comparação com o período anterior, o valor é superior tanto em termos absolutos - em 2023 foi US$ 1,13 bilhão - quanto na participação na balança comercial - 3,1%. Em regiões como a de Franca (SP), no interior de São Paulo, a participação dos EUA nas exportações de café subiu de 11,7% para 19,8%, segundo a Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec), que agrega produtores rurais de 16 municípios da Alta Mogiana. "Em relação a exportação, tanto Brasil quanto nós aqui batemos recorde de exportação. Foi o ano que a Cocapec mais exportou café", afirma o gerente de negócios da cooperativa, Ricardo Ravagnani. Qual é a expectativa de produção para a safra 2025? Com eventos climáticos adversos e perda de produtividade, o Brasil produziu, em 2024, 54,2 milhões de casas de café de 60 kg, o que resultou em uma retração de 1,6% na comparação com 2023, de acordo com Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). "Como o café é uma cultura perene, ele demora a recuperar a produção, então 2024 era um ano de recuperação. Nós tivemos uma boa safra, porém por problema climático, de novo, a gente teve uma pequena quebra de safra e principalmente na questão de qualidade, a gente teve uma peneira um pouco menor do que era esperado", afirma Ravagnani. Para 2025, a projeção da companhia é de que a produção total seja de 51,8 milhões de sacas, com uma redução de 4,4%. Isso por conta de efeitos da estiagem e das altas temperaturas na floração, bem como dos incêndios que destruíram cafezais no ano passado. Cafezal na região de Franca (SP) Reprodução/EPTV O que pode influenciar na taxação do café brasileiro? Especialistas consultados pelo g1 não acreditam em uma taxação imediata de Trump sobre produtos brasileiros como o café, mas indicam alguns fatores importantes a serem considerados. São eles: ?Política internacional: um deles diz respeito às relações diplomáticas entre Brasil e EUA, agora colocadas sob avaliação diante de chefes de Estado pertencentes a campos ideológicos distintos. "É uma questão de difícil previsão. Nós temos aí um potencial conflito político, existe uma evidente oposição entre os lados, em termos ideológicos, nós temos um presidente de um país líder, que, de fato, apenas com medidas administrativas, consegue causar impacto muito grande em países como o Brasil, impactos que não podem ser menosprezados em termos econômicos", afirma Benite. ?Câmbio: nesse contexto, também pesa, por exemplo, a variação do dólar. Uma conjuntura de desvalorização do real - hoje com uma cotação padrão mais perto dos R$ 6,00 do que dos R$ 5,00, mesmo com as recentes baixas - por um lado pode ser favorável aos produtores brasileiros que exportam café, que podem se tornar um elemento de pressão política por uma postura mais neutra do Brasil com relação aos EUA. "Se você por alguma razão sofre uma sanção econômica na forma de tarifa de exportação ou de importação, você vai fazer sobrar produto aqui dentro. E a remuneração desse produto é em real, então a rentabilidade desses produtores vai cair bastante e esses produtores são organizados em termos de pressão política, de organizações patronais", afirma Benite. Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, presidente da China, em foto de 29 de junho de 2019 Reuters/Kevin Lamarque ?China: Outro peso nessa balança é como será a relação entre Trump e a China. Ainda na campanha, o presidente eleito prometeu tarifas de até 60% para produtos asiáticos, mas, ao assumir a Casa Branca, amenizou o tom e cogitou um acordo comercial com Pequim. Uma eventual taxação sobre produtos chineses poderia abrir espaço para uma nova guerra comercial entre as duas potências e encarecer itens essenciais para a cadeia produtiva em todo o mundo, inclusive no Brasil. Também poderia abrir caminho para que os asiáticos busquem ainda mais o mercado brasileiro. "O principal desdobramento disso é como a China vai reagir, porque quando os EUA taxarem a China, que é o principal alvo deles, aí impacta no agronegócio brasileiro, já que a China é nosso principal cliente e os EUA são o segundo", afirma o representante da Cocapec. ?Inflação: os impactos sobre a inflação nos EUA também entram nos cálculos políticos e econômicos. Como são os maiores consumidores da bebida, mas não a produzem, os norte-americanos podem sentir um efeito imediato nos preços do mercado interno com uma taxação sobre o café brasileiro. "Quando você taxa um produto que não produz você tem um processo inflacionário lá dentro da sua cadeia. Agora, se os EUA fizerem isso, como ele é um importante consumidor, e aí provavelmente diminui a compra dele, pode ser que a gente sofra uma pressão e uma diminuição de preço de café no mercado internacional, porque a gente diminui a demanda, um importante comprador diminui a compra de café", afirma Ravagnani. Em solo brasileiro, um cenário de taxação externa poderia representar mais produto no mercado interno, o que reduziria os preços para os consumidores. Sozinho, no entanto, o café tem pouco impacto nos índices gerais de preços. "Obviamente que o café brasileiro seria menos competitivo, então as exportações em tese em parte ficariam aqui dentro e o preço do café cairia. Isso atenderia a uma perspectiva do governo de controlar a inflação. Por outro lado, não vamos esquecer que o IPCA, o IGP, o Índice Fipe, qualquer índice de inflação é composto por muitos produtos, então a queda no índice geral seria muito pequena e o custo político aqui dentro não valeria", afirma o economista Maurílio Benite. ?Taxa de juros: outro fator relevante com diferentes desdobramentos diz respeito às medidas de controle da economia norte-americana. Uma taxa de juros mais alta por lá, que é um instrumento usado para controlar os preços, pode atrair mais investidores para os títulos do tesouro norte-americano, o que fortalece ainda mais o dólar. Para quem produz no Brasil, isso significa uma elevação nos custos. "Quanto mais Trump fortalece a economia americana há uma tendência de o dinheiro do mundo migrar para lá e nossa taxa de juros sobe porque o câmbio é precificado. Então nossa taxa de juros deve subir e isso desacelera investimento, desacelera nossa economia", afirma o representante da Cocapec. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região| em G1 / SP / Ribeirão Preto e FrancaRibeirão Preto, Franca e região| em G1 / SP / Ribeirão Preto e FrancaRibeirão Preto, Franca e região| em G1 / SP / Ribeirão Preto e FrancaRibeirão Preto, Franca e região| em G1 / SP / Ribeirão Preto e FrancaRibeirão Preto, Franca e região| em G1 / SP / Ribeirão Preto e FrancaRibeirão Preto, Franca e região| em G1 / SP / Ribeirão Preto e FrancaRibeirão Preto, Franca e região| em G1 / SP / Ribeirão Preto e FrancaRibeirão Preto, Franca e região| em G1 / SP / Ribeirão Preto e Franca
Por que a insegurança financeira ronda as mulheres
Para alcançar a mesma remuneração que um homem em posição semelhante recebeu no ano de 2023, elas tiveram que trabalhar até 12 de março de 2024 Projeto leva qualificação profissional e educação financeira a mulheres Entre os dias 22 e 23 de janeiro, acompanhei mais um evento do centro de longevidade da Universidade Stanford. O tema da quinta edição do Century Summit era ?Etarismo e o futuro intergeracional?, com especialistas de diversas áreas. Uma das questões mais debatidas foi o envelhecimento feminino, porque é o que reúne o maior número de desafios: as mulheres vivem mais, ganham menos, e, ao chegar à velhice, 50% delas vivem abaixo da linha de pobreza. Envelhecimento feminino reúne o maior número de desafios: as mulheres vivem mais, ganham menos e, ao chegar à velhice, 50% delas vivem abaixo da linha de pobreza Surprising Snapshots para Pixabay Annamaria Lusardi, professora da escola de negócios de Stanford e uma referência mundial em educação financeira, foi incisiva: ?as mulheres enfrentam mais barreiras profissionais e recebem menos promoções. Além disso, muitas interrompem a carreira para criar os filhos ou assumir o papel de cuidadoras de familiares. Mesmo as trabalhadoras qualificadas acumulam, em média, US$ 1 milhão (quase R$ 6 milhões) a menos que seus colegas homens. O sistema é pouco amigável para elas em todas as faixas etárias, em todos os países, por isso sempre aconselho às minhas alunas: aprendam a negociar e a pedir um salário maior!? Lusardi lamenta que as mulheres tenham menos confiança em seus conhecimentos financeiros, ainda que, na prática, esse temor não se justifique. Se, por um lado, isso as torna mais cautelosas, também pode impedi-las de fazer investimentos com um risco maior, mas que tragam resultados mais significativos. JoAnne Moore, vice-presidente da Financial Corebridge, trouxe dados impressionantes sobre a diferença salarial entre gêneros: ?Para alcançar a mesma remuneração que um homem em posição semelhante obteve em 2023, a mulher teve que trabalhar até 12 de março de 2024. Se for negra, teve que trabalhar até 9 de julho!? Moore lembrou que 85% dos centenários do planeta são do sexo feminino e compartilhou informações que dão a dimensão do desafio que as mulheres enfrentam para superar esse quadro de desigualdade: Duas em cada três mulheres apontam três fatores quando pensam numa vida bem-sucedida: ser independente financeiramente (69%); manter o estilo de vida de sua preferência (67%); poder ajudar a família (62%). As maiores preocupações são: inflação (53%); não ter recursos para se manter depois da aposentadoria (32%); não conseguir viver confortavelmente na velhice (25%); ter pouco ou nenhum dinheiro investido (23%). Duas em cada três aposentadas relatam que teriam começado mais cedo se pudessem voltar no tempo; 38% teriam buscado a ajuda de um consultor financeiro; 31% teriam contribuído mais para o plano de previdência privada da empresa. Poupar para a aposentadoria é crucial para as mulheres das gerações dos baby boomers (61%) e X (59%); construir uma carreira de sucesso é a meta de millenials (45%) e da geração Z (58%). Para lembrar, baby boomers são os nascidos entre 1946 e 1964; a geração X vai de 1965 a 1980; os millenials, ou geração Y, nasceram entre 1981 e 1996; e a geração Z compreende o período de nascimentos entre 1997 e 2010 ? há ainda os caçulas, da geração alfa, que nasceram depois de 2010. Sobre quanto tempo sua poupança ? quando existe! ? vai durar depois da aposentadoria, 19% afirmam que não têm a menor ideia, enquanto apenas 21% dizem que essa reserva é suficiente para mais três décadas de vida. A lição de casa: fazer com que o tema dinheiro/remuneração/promoções deixe de ser tabu e levar educação financeira para um número cada vez maior de mulheres.
Ucrânia reformula recrutamento para atrair soldados mais jovens e reforçar suas tropas
O objetivo do plano é atrair principalmente jovens entre 18 e 25 anos. O presidente ucraniano vem se opondo à ideia, dizendo que afetaria radicalmente as perspectivas futuras do país já atingido pela guerra. Pavlo Palisa, comandante de batalha da Ucrânia AP Photo/Efrem Lukatsky A Ucrânia está nos estágios finais de elaboração de uma reformulação do processo de recrutamento para atrair jovens de 18 a 25 anos, que atualmente estão liberados da mobilização, em busca de maneiras de ampliar suas forças de combate, segundo o comandante de batalha recentemente nomeado para o Gabinete da Presidência. Em sua primeira entrevista à imprensa estrangeira desde que assumiu o novo cargo, no final do ano passado, o vice-chefe do Gabinete da Presidência, coronel Pavlo Palisa, disse que a Ucrânia está avaliando novas formas de recrutamento, porque o atual sistema, herdado do período soviético, vem dificultando o progresso. Embora a Ucrânia tenha aprovado uma lei de mobilização no primeiro semestre de 2024, e reduzido a idade de alistamento de 27 para 25 anos, as medidas não tiveram o impacto necessário para restaurar suas fileiras, nem repor as baixas no campo de batalha na guerra contra a Rússia. ? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Uma das iniciativas é o que Palisa descreveu como ?contrato honesto?, um plano que inclui incentivos financeiros, garantias claras de treinamento, e medidas que asseguram o diálogo entre os soldados e seus comandantes. O objetivo do plano é atrair principalmente jovens entre 18 e 25 anos, que atualmente estão liberados da mobilização, e também alcançar ucranianos que tenham direito à dispensa ou que tenham sido dispensados após a aprovação da lei de mobilização. ?Proteger o comandante da unidade e o soldado contratado, estabelecer relações francas e profissionais entre eles, e determinar limites claros que sejam compreensíveis para ambosNa minha opinião, isso é essencial para um diálogo eficiente?, disse ele. A iniciativa, que, segundo Palisa, está nos estágios finais, poderia ajudar a responder aos pedidos feitos tanto pelo governo Biden, quanto pelo governo Trump, para que a Ucrânia amplie sua força de combate com a redução da idade de alistamento. Soldados ucranianos em treinamento em Bovington Camp, uma base militar do exército britânico, agitam uma bandeira da Ucrânia, no sudoeste da Inglaterra, em 22 de fevereiro de 2023. Ben Birchall / POOL / AFP O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, vem se opondo veementemente a implementar o alistamento obrigatório a partir dos 18 anos, dizendo que isso afetaria radicalmente as perspectivas futuras do país já combalido pela guerra. ?Neste momento, minha perspectiva é de que precisamos iniciar um diálogo aberto com a sociedade, prque a defesa do Estado não é apenas uma responsabilidade das Forças Armadas. É dever de todos os cidadãos ucranianos, e sua obrigação", defende o comandante de batalha. Palisa disse que seu gabinete, em colaboração com os demais ministérios e em especial o Ministério da Defesa, está avaliando por que os esforços de mobilização não foram suficientes: ?Na realidade, temos enormes recursos de mobilização. A meu ver, no momento, superiores às necessidades atuais para realizar certas tarefas na linha de frente. Os mecanismos de que dispomos atualmente não nos permitem ser tão eficientes quanto poderíamos". LEIA TAMBÉM: Zelensky pede que negociações de paz com a Rússia incluam a Ucrânia Ucrânia lança mais de 100 drones contra Rússia e força fechamento de aeroportos em Moscou Palisa foi levado diretamente do campo de batalha para o gabinete da presidência, e vê sua nomeação como uma tentativa de lidar com problemas sistêmicos dentro das Forças Armadas. Ele faz parte de uma nova geração de lideranças militares na Ucrânia, e estava estudando na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército dos EUA quando a Rússia lançou sua invasão em grande escala. Ele se formou à distância em meados de 2022, enquanto lutava na linha de frente, e depois comandou a 93ª Brigada ?Kholodnyi Yar?, durante a exaustiva batalha de nove meses por Bakhmut. ?Esta é uma oportunidade única de levar questões militares urgentes à atenção da alta liderança do país?, disse, acrescentando que pretende retornar ao campo de batalha quando sua missão estiver concluída. A Rússia continua a fazer avanços graduais na região de Donetsk, e alguns analistas apontam que as fragilidades estruturais na cadeia de comando da Ucrânia e a comunicação precária entre as unidades na linha de frente são fatores-chave para a dificuldade que o país enfrenta para defender seu território ao longo dos 1.000 km da linha de frente. Desde o início da invasão em grande escala de Moscou, o exército ucraniano se ampliou significativamente, mas anos de resistência às investidas russas deixaram pouco tempo para gestão estratégica ? uma falha que agora ameaça comprometer as chances de sucesso da Ucrânia. Palisa considera que há uma necessidade urgente de reformas para melhorar a coordenação e a eficácia ?(Precisamos) adaptar a estrutura à lógica da guerra moderna, o que nos permitirá ser mais eficazes e evitará que cometamos os mesmos erros repetidamente. É isso que precisa ser feito. Não há outra maneira".
Você precisa saber: veja o endereço do Cras de Guairaçá
Unidade pode ser usada para realização do Cadastro Único e para acesso a benefícios sociais. Município de Guairaça Divulgação/Prefeitura de Guairaça O Cras (Centro de Referência da Assistência Social) é um serviço mantido pela prefeitura de cada município e pelo Governo Federal destinado à orientação e prestação de benefícios sociais, como o Cadastro Único. CadÚnico: o que é, quem tem direito, como se inscrever e quais os benefícios Confira o endereço do Cras de Guairaçá: ? Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ? Siga o canal do g1 PR no Telegram CRAS Endereço: Rua Osvaldo Cruz, 513 - Guairaça Telefone: (44) 34421899 Leia também: Familiar desaparecido? Saiba o que fazer e quando acionar a polícia Você precisa saber: veja como se inscrever no Bolsa Família e quais os benefícios Assista aos vídeos do 'Você precisa saber' Leia mais em g1 Norte e Noroeste.
Yamaha lança scooter híbrida para tentar levantar um mercado quase inexistente no Brasil
Modelo promete economia de 12% de combustível com sistema híbrido leve. Em 2024, foram vendidas pouco mais de 7,8 mil motos eletrificadas no país, menos de 0,5% dos mais de 1,8 milhão de modelos emplacados. Yamaha Fluo ABS Hybrid Connected divulgação/Yamaha Após anunciar uma scooter 100% elétrica para o Brasil, a Yamaha apresenta uma versão híbrida da Fluo ABS, que chega com poucas mudanças visuais e custa R$ 1,4 mil a mais devido ao sistema eletrificado. A Yamaha Fluo ABS Hybrid Connected possui algumas alterações em comparação com a versão não eletrificada. Os destaques visuais incluem um detalhe azul acima do farol, laterais alongadas para cima e carenagem com menos curvas, como o para-lama frontal, que agora tem linhas mais retas. No sistema, há mudança no painel de instrumentos. Ele continua digital e sem tela colorida, mas reduziu a quantidade de luzes indicadoras fixas, transferindo algumas para o display. Com isso, o painel ficou mais largo e ganhou extras, como um indicador de ligação perdida no celular. LEIA MAIS LISTA: veja as 10 scooters mais vendidas do Brasil em 2024 LISTA: veja 20 lançamentos de motos que chegam às lojas em 2025 Shineray lança três modelos para incomodar a líder das custom Royal Enfield Comparativo de scooters: Shineray Urban encara a Honda ADV Sistema híbrido empolga pouco O sistema eletrificado da scooter é do tipo híbrido leve. Assim como na maioria dos carros com esse tipo de conjunto, o motor elétrico não consegue tracionar as rodas de forma independente. Ele está acoplado a um motor monocilíndrico de 125 cilindradas com câmbio automático do tipo CVT, que recebe auxílio do sistema elétrico nas seguintes situações: Partida; Nas subidas; Acelerações mais intensas; Retomadas; Ultrapassagens; Quando há passageiro ou carga adicionais. Assim como a versão sem sistema híbrido, a nova scooter possui conexão Bluetooth para enviar dados ao aplicativo no celular, como status da bateria e óleo do motor, local de estacionamento e histórico de consumo de combustível nos últimos trajetos. O auxílio do sistema híbrido é de 0,06 kgfm, com energia captada diretamente da bateria de 12 volts, e dura apenas três segundos. Isso alivia o esforço do motor a combustão, prometendo economia de combustível. Em comparação com a geração anterior, que não possui motor eletrificado, a redução no consumo de gasolina é de cerca de 12%. Yamaha Fluo ABS Hybrid Connected A aposta da Yamaha é atrair consumidores e aquecer o fraco mercado de motos eletrificadas. Em 2024, foram comercializadas apenas 7.820 unidades no Brasil. Esse número representa apenas 0,42% do total de motocicletas emplacadas no ano, que passou de 1,8 milhão de unidades, segundo a Fenabrave. No Brasil, não há concorrentes diretos para a Yamaha Fluo ABS Hybrid Connected, pelo menos por enquanto. Ela compete com outros modelos de scooter a combustão, como Honda Elite, Shineray Jet 125ss EFI e Rio 125 EFI, além de modelos da própria Yamaha, como a Neo's 125. Todas essas scooters custam bem menos que os R$ 16.690 sugeridos para a Yamaha Fluo ABS Hybrid Connected, que aposta em diferenciais como o menor consumo de combustível, chave presencial e painel digital com mais informações, incluindo ícones para alertar sobre chamadas perdidas e mensagens recebidas no celular. A Yamaha Fluo ABS Hybrid Connected começa a chegar às concessionárias a partir de fevereiro. Veja a ficha técnica da moto
Melhores destinos culturais para 2025, segundo viajantes; veja o único brasileiro da lista
Ranking com 25 locais foi revelado pelo Tripadvisor com base em avaliações dos viajantes ao longo de um ano. Bali, Hanói e Rio de Janeiro Pexels O Rio de Janeiro é o único brasileiro no ranking dos melhores destinos culturais do mundo para 2025, divulgado pela plataforma de viagens Tripadvisor. A cidade maravilhosa ficou na 22ª posição entre os 25 locais listados com base em avaliações deixadas por viajantes no site ao longo de um ano (de 1º de outubro de 2023 a 30 de setembro de 2024). A primeira posição ficou com a ilha paradisíaca de Bali, na Indonésia, seguida por Hanói, a capital do Vietnã, e Londres, a cosmopolita capital inglesa, que ocupou o terceiro lugar. Confira os 10 melhores destinos culturais de 2025 (veja a lista completa ao final da reportagem). Como a Argentina passou de 'país barato' a um dos mais caros da América Latina 1. Bali, Indonésia Bali Unsplash/Sebastian Pena Lambarri Bali, na Indonésia, é um destino dos sonhos para muitos viajantes. Além de praias paradisíacas e visuais de tirar o fôlego, quem visita o local entra em contato com as suas ricas tradições culturais através de seus templos, esculturas e celebrações ligados à religião hinduísta. 2. Hanói, Vietnã Hanói, Vietnã Visualhunt/Rod Waddington Hanói, a capital do Vietnã, é perfeita para quem quer mergulhar na cultura e história do país. Seu centro histórico encantador, seus templos e parques, além da deliciosa comida local, fazem da cidade um destino único. 3. Londres, Reino Unido Ponte de Londres, na Inglaterra Unsplash/Charles Postiaux Londres é um dos principais centros culturais do mundo, onde a história se mistura à agitação. Com museus renomados, restaurantes premiados e palácios centenários, a cidade garante uma experiência vibrante para todos os gostos. ETA: Reino Unido alerta brasileiros sobre golpe envolvendo nova autorização de viagem e dá dicas para identificar fraude 4. Marrakech, Marrocos Marrakesh, Marrocos Pexels/Zak Chapman Marrakech, conhecida como a cidade vermelha pelas suas construções, é uma das maiores do Marrocos e oferece uma rica diversidade de experiências culturais aos viajantes. Lá, é possível visitar muralhas, palácios, mesquitas e feiras, famosas pelo artesanato e pelos tecidos locais. 5. Roma, Itália Vista interna do Coliseu, em Roma. Foto de novembro de 2019 Rafael Miotto/g1 Antiga sede do Império Romano, Roma é um destino obrigatório para os apaixonados por história e cultura. Conhecida como a "cidade eterna", Roma guarda em cada esquina vestígios de uma das civilizações que mais influenciou o mundo moderno. 6. Cusco, Peru Cusco, Peru Visualhunt/KimonBerlin Cusco, antiga capital do Império Inca, é um verdadeiro centro de cultura e tradição. Na cidade, é possível explorar igrejas e palácios barrocos, construídos sobre ruínas pré-colombianas, além de aproveitar a vibrante cena gastronômica e artística local. Melhores destinos para viajar sozinho em 2025, segundo turistas; veja único sul-americano 7. Katmandu, Nepal Katmandu, Nepal Pexels/Sagar Mali Capital do Nepal, Katmandu é uma cidade histórica rodeada pela imponente cordilheira do Himalaia. Ela oferece aos viajantes uma variedade de atrações, como palácios, santuários centenários e muito mais. 8. Nova Délhi, Índia Forte Vermelho em Nova Délhi A.Savin/Wikimedia Commons Nova Délhi, a capital da Índia, é um lugar onde tradição e modernidade se encontram. A cidade mescla templos, palácios e ruínas de civilizações antigas com grandes polos urbanos. 9. Creta, Grécia Creta, Grécia Visualhunt/El Mostrito Creta, famosa na mitologia grega como o local de nascimento de Zeus, o Rei do Olimpo, é uma ilha rica em história e cultura. Além de praias de tirar o fôlego, Creta concentra ruínas, fortalezas e mosteiros, que contam a sua história. 10. Siem Reap, Camboja Siem Reap, Camboja Foto de K C Siu Siem Reap, localizada no norte do Camboja, é a capital da província de mesmo nome. Conhecida como o 'Grande Portão para Angkor', ela é a principal porta de entrada para o parque arqueológico, que fica a apenas 7 km da cidade. Angkor, considerado um dos mais importantes sítios do Sudeste Asiático pela Unesco, foi o centro do Império Khmer, que se estendeu por grande parte da região entre os séculos IX e XIV. Confira a única brasileira da lista: 22. Rio de Janeiro, Brasil Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro Reprodução/ TV Globo Não é por acaso que o Rio de Janeiro representa o Brasil na lista dos melhores destinos culturais do mundo. Além de suas praias e natureza exuberante, a Cidade Maravilhosa é berço de estilos musicais, como a bossa nova e o samba, além de ser um importante polo audiovisual do país. O Rio também abriga uma das festas populares mais emblemáticas do Brasil: o Carnaval. Lista completa dos melhores destinos culturais de 2025: Bali, Indonésia Hanói, Vietnã Londres, Reino Unido Marrakech, Marrocos Roma, Itália Cusco, Peru Katmandu, Nepal Nova Déli, Índia Creta, Grécia Siem Reap, Camboja Barcelona, Espanha Paris, França Bangkok, Tailândia Lisboa, Portugal Cairo, Egito Nova York, EUA Istambul, Turquia Praga, República Checa República Dominicana Cracóvia, Polônia Amsterdã, Holanda Rio de Janeiro, Brasil Porto Rico Jamaica Cuba Veja mais: Melhores destinos para viajar sozinho em 2025, segundo turistas; veja único sul-americano Sua mala não chegou junto com o voo? Veja o que fazer se a bagagem for perdida
Grammy é neste domingo, com brasileiros indicados; veja previsões para os principais prêmios
Cerimônia terá shows de Billie Eilish, Charli XCX, Doechii, Sabrina Carpenter e Shakira. Anitta e Milton Nascimento podem ganhar estatuetas; veja quem são os favoritos. Grammy 2025: veja apostas do g1 nas principais categorias A edição de 2025 do Grammy, maior premiação da música dos Estados Unidos, acontecerá neste domingo (2), em Los Angeles. Anitta concorre ao prêmio de melhor álbum de pop latino, com seu "Funk Generation", lançado em 2024. Outro brasileiro na disputa é Milton Nascimento, que aparece na categoria melhor álbum de jazz vocal em uma parceria com Esperanza Spalding. O bandolinista e compositor Hamilton de Holanda (pelo disco "Collab", em parceria com o cubano Gonzalo Rubalcaba) e a pianista Eliane Elias (pelo disco "Time and Again") estão indicados a melhor álbum latino de jazz. No Brasil, a cerimônia será transmitida ao vivo pelo canal pago TNT e pela plataforma de streaming Max, a partir das 21h15. Entre os shows já confirmados desta edição, estão: Benson Boone Billie Eilish Chappell Roan Charli XCX Doechii, Raye Sabrina Carpenter Shakira Teddy Swims Previsões Em 2025, o Grammy será marcado pela expectativa em torno do prêmio de álbum do ano. A grande dúvida é se Beyoncé finalmente levará para casa a estatueta depois de quatro derrotas na categoria. A cantora do Texas (EUA) é a artista mais indicada da história da premiação. Em 2023, ela se tornou também a maior vencedora, com 32 prêmios --- mas nenhum de álbum do ano, considerado o mais relevante do Grammy. Beyoncé ao ganhar o Grammy de melhor álbum de dance/eletrônica e se tornar a maior vencedora da história do prêmio, em 2023 REUTERS/Mario Anzuoni O problema se tornou um elefante na sala de cerimônias dos anos recentes. No Grammy de 2024, o desconforto ficou ainda mais intenso ao ser citado por Jay-Z, marido de Beyoncé, em um discurso no palco da premiação: ?Ela tem mais Grammys do que todo mundo, e nunca ganhou o de álbum do ano. Pelas próprias métricas [da premiação], isso não faz sentido." "Cowboy Carter", álbum da cantora que concorre este ano, não é o melhor de sua carreira. Ainda assim, parte da crítica especializada acredita que, para reparar o erro histórico, a Academia de Gravação dos Estados Unidos escolherá ele em 2025. Mas a decisão não é fácil. No páreo, também tem "Brat", da britânica Charli XCX, disco com o maior impacto cultural e criativo de 2024, e "The Tortured Poets Department", de Taylor Swift, queridinha do Grammy -- ela já levou quatro vezes a categoria de álbum do ano e, se ganhar de novo, será a primeira artista com cinco prêmios. "Hit Me Hard and Soft", de Billie Eilish, também compete, com grande chance de ganhar. O disco foi muito bem promovido pela cantora e teve ótimo desempenho comercial no ano passado. Anitta em imagem de divulgação do álbum 'Funk Generation' Richie Talboy / Divulgação Já na categoria de melhor álbum de pop latino, Anitta tem chance, mas o fato do disco não ter sido indicado ao Grammy Latino de 2024 não é muito bom sinal. Nesse quesito, o porto-riquenho Luis Fonsi tem mais pontos porque o seu "El Viaje" ganhou o Grammy Latino de melhor álbum pop vocal. Porém, a Academia do Grammy costuma privilegiar artistas latinos que têm maior alcance nos Estados Unidos. Por causa disso, o disco "Orquídeas", da colombiana Kali Uchis, larga na frente, com mais chances de vencer. O conjunto de principais categorias do Grammy é chamado de Big Four: além de álbum do ano, ele inclui os prêmios de canção do ano, gravação do ano e artista revelação. A categoria de canção tem a ver com a melodia e a lírica. Ela reconhece a qualidade da composição de uma música. Por isso, o prêmio vai para quem escreveu. Billie Eilish e o irmão, Finneas O'Connell, são bem cotados para levar o prêmio em 2025, por "Birds of a Feather", um dos hits do ano passado. Já a gravação envolve todo o processo de produção de uma música em estúdio. Então, mais profissionais são premiados: o produtor, o engenheiro de som, o mixador e o artista que fez a performance. Nessa, a aposta é "Not Like Us", música que consagrou Kendrick Lamar como vencedor em uma treta com Drake. Chappell Roan em foto de divulgação do single "Good Lucky, baby" Ryan Lee Clemens/ Divulgação O prêmio de artista revelação deve ficar entre as cantoras Sabrina Carpenter e Chappell Roan. A primeira está no 6º álbum da carreira, mas concorre nessa categoria porque finalmente conseguiu emplacar em 2024 e se destacou nas paradas. Já Chappell é, de fato, uma revelação. Ela tem mais chance de levar o Grammy por apresentar um trabalho um pouco mais original e criativo. Correndo por fora na categoria, há a rapper Doechii, com um som que -- diga-se de passagem -- é bem mais legal. Veja abaixo a lista dos indicados nas principais categorias, quais são os favoritos aos prêmios e quem merece ganhar: Melhor álbum de pop latino Anitta ? Funk Generation Luis Fonsi ? El Viaje Kany García ? García Shakira ? Las Mujeres Ya No Lorran Kali Uchis - Orquídeas Deve ganhar: Kali Uchis ("Orquídeas") Merece ganhar: Anitta ("Funk Generation"), Kali Uchis ("Orquídeas") Artista revelação Benson Boone Sabrina Carpenter Doechii Khruangbin RAYE Chappell Roan Shaboozey Teddy Swims Deve ganhar: Chappell Roan Merece ganhar: Doechii Canção do ano Shaboozey ? ?A Bar Song (Tipsy)? Billie Eilish ? ?Birds of a Feather? Lady Gaga and Bruno Mars ? ?Die With a Smile? Taylor Swift featuring Post Malone ? ?Fortnight? Chappell Roan ? ?Good Luck, Babe!? Kendrick Lamar ? ?Not Like Us? Sabrina Carpenter ? ?Please Please Please? Beyoncé ? ?Texas Hold ?Em? Deve ganhar: Billie Eilish (?Birds of a Feather?) Merece ganhar: Kendrick Lamar (?Not Like Us?) Gravação do ano The Beatles - ?Now and Then? Beyoncé -?Texas Hold ?Em? Billie Eilish - ?Birds of a Feather? Chappell Roan - ?Good Luck, Babe!? Charli XCX - ?360? Kendrick Lamar - ?Not Like Us? Sabrina Carpenter - ?Espresso? Taylor Swift Featuring Post Malone - ?Fortnight? Deve ganhar: Kendrick Lamar (?Not Like Us?) Merece ganhar: Kendrick Lamar (?Not Like Us?) Álbum do ano André 3000 - ?New Blue Sun? Beyoncé - ?Cowboy Carter? Billie Eilish - ?Hit Me Hard and Soft? Chappell Roan - ?The Rise and Fall of a Midwest Princess? Charli XCX -?Brat? Jacob Collier - ?Djesse Vol. 4? Sabrina Carpenter - ?Short n? Sweet? Taylor Swift - ?The Tortured Poets Department? Deve ganhar: Billie Eilish (?Hit Me Hard and Soft?) Merece ganhar: Charli XCX (?Brat?)
Novas regras facilitam pagar boletos com PIX e dão largada para juro menor em mercado trilionário de antecipação de vendas a prazo
BC padroniza regras para pagamento de boletos com PIX. E busca regulamentar plataformas que permitirão que as antecipações das vendas a prazo por meio de boletos, estimadas em R$ 10 trilhões por ano, possam ser alvo de mais concorrência maior e ter juros mais baixos. Pix: o que o governo faz com monitoramento das transações? Getty Images via BBC Resolução do Banco Central que entra em vigor nesta segunda-feira (3) facilita o pagamento de boletos com o PIX, o sistema de transferência de recursos em tempo real da instituição, assim como cria condições para aumentar a concorrência no mercado de duplicatas, ou seja, que trata da antecipação dos recursos provenientes de vendas a prazo feitas pelas empresas. A primeira novidade cria normas para universalização do PIX como forma de pagamento nos boletos. O que as regras fazem é esclarecer e padronizar como a ferramenta poderá ser utilizada, com estabelecimento de responsabilidade entre os participantes. Algumas instituições já oferecem o PIX nos boletos, mas isso ainda está em fase de testes. "Pagar pelo PIX é mais simples. Naturalmente, o mercado vai convergir para isso, vai ser natural. Quando uma instituição começa, a outra vai atrás não tem jeito. Já tem instituição fazendo, só que ainda não está padronizado. A convenção do boleto é que vai tornar o padrão para que isso aconteça, junto com potenciais ajustes no regramento do PIX, de forma padronizada", disse Mardilson Fernandes Queiroz, consultor do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor) do Banco Central. No uso do PIX, haverá um QR Code específico, inserido no próprio boleto. Dessa forma, argumenta o Banco Central, incorpora-se na experiência do uso do boleto de pagamento, um instrumento amplamente utilizado, a agilidade, a conveniência e a grande aceitação do PIX. Boleto dinâmico para aumentar concorrência A grande novidade da nova regra, entretanto, é o chamado boleto dinâmico. Segundo o Banco Central, isso possibilitará que as empresas que recebem pagamentos mensalmente por boletos, dos compradores, possam antecipar o recebimento dos valores, algo que já acontece atualmente, mas possibilitando uma concorrência maior entre as instituições financeiras que ofertam essa linha de crédito. No modelo atual, de acordo com o BC, as empresas que vendem produtos e serviços se utilizando de boletos, o que inclui também as incorporadoras imobiliárias, estão relativamente presas à instituição financeira que os emitiu. Se optou, por exemplo, pelo banco X para emitir os boletos, é difícil fazer a troca por outra instituição na hora de antecipar o seu recebimento (processo no qual são cobrados juros). A ideia é que seja criada uma ou mais plataformas na internet, feitas e operadas pelo mercado financeiro, mas com supervisão do Banco Central, por meio das quais será possível registrar os chamadas "duplicatas escriturais" (títulos que provam os valores a receber) e, com isso, possibilitar que as empresas façam um leilão entre as instituições financeiras para ver em oferece o juro mais baixo. "So ponto de vista fornecedor, vai ser algo extremamente simples, como apertar uma tecla e dizer: eu deixo tal banco ver minhas duplicatas. Todo mundo vai ver, e aí vai ter uma negociação que eles vão mandar cotações [taxas de juros] para esse fornecedor. Até a hora que ele defina com quem ele quer fazer negociação. Uma vez feita essa negociação, aí você vai ter o boleto dinâmico", explicou Ricardo Vieira Barroso, Chefe de Divisão no Departamento de Normas do BC. Além de possibilitar juro mais baixo para os comerciantes, e incorporadoras imobiliárias (que vendem imóveis na planta usando boletos) na hora de antecipar esses "recebíveis", o novo sistema também vai proporcionar segurança às instituições financeiras que liberarem os recursos das antecipações. Isso porque um sistema ligado ao boleto dinâmico vai possibilitar que os valores sejam direcionados diretamente para a instituição financeira que antecipou os recursos, sem intermediários. "Tem várias entidades no mercado que querem comprar aquele direito, pagar ao vendedor, inclusive aceitam receber menos taxas de juros. Mas elas se sentem inseguras em comprar aquilo. Quem está comprando, tem que ter certeza que vai receber aquele recurso. Dá segurança a quem compra e barateia o juro a quem vende o direito. As duas pontas são melhores atendidas", avaliou Evaristo Donato Araújo, chefe de Divisão do Denor, do BC. O mercado de antecipação de recebíveis tanto do comércio quanto das incorporadoras imobiliárias é trilionário. O fluxo de vendas a prazo, segundo o Banco Central, é de cerca de R$ 10 trilhões por ano, considerando as notas fiscais emitidas. Estas vendas podem se transformar em duplicatas eletrônicas, e serem registradas nas plataformas em busca de uma taxa de juros mais baixa. A expectativa do Banco Central, entretanto, é de que a plataforma que possibilitará essa negociação dos recebíveis esteja pronta somente no segundo semestre de 2026. "Porque depende da aprovação do Banco Central, e para isso depende de os sistemas passarem no teste. Aí é uma coisa que a gente não tem um controle total", explicou Mardilson Fernandes Queiroz, do Departamento de Normas.
Liberal, neoliberal, ultraliberal: entenda o que é o liberalismo e por que o termo voltou a dominar o debate
Conceito foi mudando ao longo dos séculos e voltou 'à moda' em tempos de polarização entre esquerda e direita. Donald Trump em seu primeiro discurso como presidente REUTERS Não há muito como escapar. Nos últimos anos, qualquer pessoa que se prontificou a debater política e economia entre amigos, no trabalho ou na academia ouviu, em poucos minutos, alguma referência ao termo "liberalismo" ou alguma de suas variações. Na Europa, o termo ajuda a definir até o tipo de regime político: são as tais "democracias liberais". Ao mesmo tempo, líderes de ultradireita como Donald Trump (Estados Unidos), Javier Milei (Argentina) e Georgia Meloni (Itália) recebem outro crachá: são os "ultraliberais". No Brasil, o mercado financeiro e os empresários são, às vezes, chamados por seus detratores de "burguesia neoliberal". E na última década, parte da direita passou a se identificar com um mantra: "liberal na economia, conservador nos costumes". Mas... afinal, o que são esses liberalismos? E como eles se relacionam, por exemplo, com o debate em alta sobre a liberdade de expressão nas redes sociais e a moderação de discursos de ódio? O g1 conversou com especialistas para traçar as diferenças e entender o papel que essa filosofia ocupa no mundo atual. O que é liberalismo? A corrente de pensamento conhecida hoje como liberalismo surgiu no século 17 como uma resposta ao absolutismo dos reis que comandavam a Europa naquele período. Na monarquia absolutista, o rei herdava o trono em razão de laços sanguíneos e controlava tudo do reino: o comércio, a vida no campo e na cidade, os cargos da nobreza e até a crença dos súditos. "O liberalismo nasceu como uma reação contra o absolutismo monárquico e as tradições feudais, propondo uma nova ordem social baseada em princípios de liberdade e igualdade. Filósofos como John Locke, Adam Smith e Montesquieu foram alguns dos clássicos das ideias liberais", explica o cientista político João Felipe Marques. ??Na política, o liberalismo clássico defende a liberdade individual e a igualdade de direitos dos seres humanos, em qualquer classe social. ??Na economia, a liberdade para que cada cidadão produza e consuma como bem entender ? surge aqui a "lei da oferta e da demanda", por exemplo. Na política e na economia, havia uma ideia central: o Estado ? que antes comandava tudo ? deve ser menos controlador e interferir o menos possível na vida dos cidadãos. Entenda, em resumo, a principal ideia de cada teórico citado por Marques: John Locke: defensor da liberdade e da tolerância religiosa, acreditava que os indivíduos têm direitos naturais à vida, liberdade e propriedade ? e que o governo deve atuar para proteger esses direitos. Adam Smith: principal nome do liberalismo econômico, a ideia dele era de que os indivíduos deveriam conduzir suas atividades econômicas sem uma intervenção excessiva do Estado. Montesquieu: sistematizou a teoria da "separação dos poderes" entre Executivo, Legislativo e Judiciário, o que na prática já significava que o rei não comandava todas essas funções. Obra de John Locke ajuda a entender pressupostos do liberalismo político Por mais que as ideias de liberdades individuais e defesa dos direitos humanos, por exemplo, pareçam hoje mais associadas a direita ou esquerda, políticas liberais são adotadas em todo o mundo tanto por políticos progressistas quanto por conservadores. O liberalismo clássico, nesse sentido, está também amplamente ligado ao conceito de democracia ? onde a população tem o direito de exercer, por exemplo, o voto livre. Ouça abaixo o episódio "Liberdade" do podcast O Assunto, que também discute o liberalismo e a cooptação do termo pelos governos atuais: O liberalismo está em crise? Ao longo da última década, a ascensão de governos conservadores (ou ultraconservadores, a depender de quem classifica) em todo o mundo parece ter colocado parte desses preceitos em xeque. Os direitos das mulheres e da população LGBTQIA+, por exemplo, e o fechamento das fronteiras nacionais para imigrantes e produtos importados são sinais dessa suposta "crise do liberalismo". O cientista político Murilo Medeiros, no entanto, avalia que as ideias liberais seguem fortes em todo o mundo ? e que não há chance de serem derrubadas por completo. "O liberalismo, a despeito das críticas recorrentes que costuma receber, continua sendo uma das correntes de pensamento mais influentes no mundo. É fonte de prosperidade, paz, inclusão, livre manifestação e geração de oportunidades", diz Medeiros. "Com o tempo, o liberalismo evoluiu para se adaptar às demandas e desafios das sociedades contemporâneas e incluir diferentes vertentes, como o liberalismo social, que equilibra a liberdade individual com a justiça social", completa. O legado ? e as críticas Teóricos e cientistas políticos costumam creditar às ideias liberais grande parte da evolução dos direitos civis conquistados nos últimos séculos. A conquista do voto feminino, a luta pela igualdade racial e o combate à homofobia, por exemplo, são vistos como propostas liberais ? naquele sentido político, da garantia das liberdades individuais. Especialistas ouvidos pelo g1 apontam três características centrais das sociedades modernas que são herança do pensamento liberal: economia de mercado: o termo se refere à promoção do capitalismo e da livre iniciativa como promotores do desenvolvimento econômico, garantindo a emancipação social dos indivíduos; direitos humanos: o Brasil, por exemplo, é signatário de dezenas de tratados e declarações internacionais que protegem direitos fundamentais ? a Constituição de 1988 leva o apelido de "Cidadã" por ter incorporado esses elementos; democracia liberal: estabelecimento de governos representativos baseados no voto e no estado democrático de direito. Falar dessas conquistas não significa dizer, no entanto, que o liberalismo é o único pensamento possível ? ou que não gere, também, crises e problemas. Cientista política e doutoranda na Universidade de Brasília, Isabela Silveira Rocha afirma que o mundo vive hoje um liberalismo de viés corporativista, ou seja, "capturado" por grandes corporações que exercem forte influência sobre os governos e a sociedade. "No mundo, o liberalismo está consolidado nesta nova fase de monopólio, já que o corporativismo capturou a máquina estatal. Hoje, nos EUA, bastião do liberalismo, o modelo é frequentemente associado ao poder das grandes corporações", diz. "[Essas corporações] influenciam diretamente as políticas públicas por meio de lobby e financiamento de campanhas políticas, capturando a política e permitindo que essas empresas ? não eleitas ? moldem legislações e regulações em benefício próprio, promovendo uma versão distorcida ? e avançada ? do liberalismo original", descreve. Neoliberalismo e ultraliberalismo: as novas faces O conceito e a aplicação das ideias liberais mudaram tanto ao longo dos últimos séculos, que o termo deixou até de fazer sentido para explicar algumas das tendências adotadas por filósofos, autoridades e governos mundo afora. Apesar do nome, o "neoliberalismo" mesmo já não é mais tão novo. Os exemplos mais clássicos dessa vertente começaram a ser implementados nas décadas de 1970 e 1980. O "neoliberalismo" ganhou esse nome, naquele momento da história, porque marcou uma retomada do liberalismo clássico. O mundo tinha passado por décadas de maior intervenção do Estado na economia, sobretudo em países arrasados pelo impacto da Primeira e da Segunda Guerra Mundial. Em meio aos impactos da Guerra Fria, economistas e políticos voltaram a defender políticas de maior rigor nos gastos públicos, privatização, liberdade econômica e estímulo ao capital privado, por exemplo. "Com a evolução do capitalismo e a ampliação dos direitos civis, surgiu o termo 'neoliberalismo' para designar o liberalismo contemporâneo. Embora mantenha as mesmas bases filosóficas, o neoliberalismo reflete as dinâmicas de um contexto econômico e social mais recente", explica João Felipe Marques. Lula diz que neoliberalismo agrava a desigualdade econômica e política "Muitos especialistas, no entanto, falam que o termo 'neoliberalismo' tem um viés negativo, preferindo manter só o uso do termo 'liberalismo'", diz Marques. Já mais recentemente, governos de direita que assumiram o poder após vencerem eleições em países como Estados Unidos, Hungria e Argentina passaram a ser classificados por teóricos e analistas como "ultraliberais". "A visão ultraliberal vai além do liberalismo clássico ao adotar posições mais radicais em relação à liberdade individual e à limitação do Estado", explica o cientista político Murilo Medeiros. "Os ultraliberais veem qualquer forma de intervenção estatal como prejudicial, defendendo que indivíduos e mercados devem resolver questões sociais e econômicas de forma livre", afirma. Por serem recentes, os conceitos de neoliberalismo e ultraliberalismo têm, na teoria social, significados mais relacionados à economia. Mistura no 'mundo real' Na análise política, é mais comum que se usem termos como "ultradireita" e "extrema-direita" ? embora, no mundo real, seja comum que um mesmo governo misture políticas liberais e outras mais intervencionistas, tanto na economia quanto nos costumes. Governos que adotaram o receituário "ultraliberal" na economia nos últimos anos, por exemplo, frequentemente têm posições menos liberais (ou seja, mais conservadoras) em temas como aborto, drogas e sexualidade. Ao mesmo tempo, governos que dizem rejeitar a "cartilha liberal", não raro, são obrigados a propor e adotar regimes de maior austeridade econômica e menor intervenção do Estado para dinamizar a economia ou controlar a inflação, por exemplo.
Novo circuito turístico oferece passeio por sabores e aromas do cacau no ES
Visitantes podem experimentar vários produtos feitos com a amêndoa da fruta, como mel, cachaça, chocolate e cocada. Rota fica em Linhares, Norte do Espírito Santo. Norte do ES ganha rota do Cacau e prevê turismo de experiência na região Mel, cachaça, chocolate e cocada são alguns dos produtos feitos com a amêndoa do cacau que, agora, se tornaram as atrações do novo circuito turística do Espírito Santo: a rota do cacau. Os pontos de visitação ficam em Linhares, no Norte do Espírito Santo, onde a produção da fruta faz parte não só da economia, mas também da história do município. ? Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp Quem passar pelo local pode visitar diversas propriedades espalhadas por quatro rodovias estaduais. Para quem vai do Norte do estado, as fazendas ficam espalhadas pela rodovia ES-248. Já os turistas que vão do Sul podem procurar cacaueiros nas rodovias ES-010, 442 e 440. Além de provar os quitutes feitos com o cacau, os visitantes vão ter acesso às plantações e conhecer de perto como é feito a fabricação dos produtos de cada fazenda. A rota do cacau é o novo circuito turístico do Espírito Santo. Reprodução/TV Gazeta Alguns estabelecimentos que ficam na nova rota já começaram até a investir em gastronomia. Uma delas é a produtora rural Erika Rangel, que, ao lado do pai Vanildo Muniz, comandam a Fazenda Esperança. ?A gente vai ter toda uma cadeia de pessoas girando em torno disso, para saber receber a pessoa, para poder produzir alimentos e poder mostrar [aos visitantes] como identificar a qualidade daquele fruto?, frisou Erika. Para os linharenses, a rota também é uma valorização de quem está todos os dias plantando e colhendo cacau com o objeto de que a amêndoa chegue a mais mesas de todo o Brasil. ?Empoderamento e valorização da pessoa. A pessoa que antes ficava aqui, quietinha na roça, quando recebe visita se sente muito valorizada?, contou Erika. Para o presidente da Associação dos Cacauicultores do Espírito Santo (ACAU), André Luiz Scampini, a criatividade dos fazendeiros pode tornar ilimitado as opções turísticas na rota. Na rota do cacau, em Linhares, no Espírito Santo, serão vendidos vários produtos feitos com a amêndoa da fruta. Reprodução/TV Gazeta "Ele pode promover passeios à propriedade dele, pode também oferecer hospedagem caso faça investimento para instalai de hospedagem de turismo. Então, existem outras oportunidades. Até mesmo a gastronomia, com um restaurante ou oferecer uma experiência gastronômica", frisou Scampini. Orgulho da cidade Linhares é a maior produtora de cacau em todo o Espírito Santo, concentrando 70% do que se produz em todo o estado. A popularização da cacauicultura se iniciou por volta de 1917 e, desde então, os cacaueiros do Norte do estado conquistaram o país. Fernando Buffon, proprietário de 30 hectares de um terreno em Linhares, destacou a necessidade para essa rota de cacau que foi criada. "É muito interessante porque você não consegue contar a história de Linhares sem contar a história do cacau. Entao, é muito interessante pela questão financeira e também para ajudar o negócio e o agroturismo. Também valoriza a tradição e historia de linhares", destacou Fernando. Rota do cacau foi sancionada em 19 de novembro pela Ales, no Espírito Santo. Reprodução/TV Gazeta Turismo aquecido A Rota do Cacau é mais um impulsionador ao turismo em terras espírito-santense. Por ser tradicional, Scampini analisa a novidade como um agregador para quem for conhecer o estado. "O Espírito Santo tem enorme potencial turístico. É lindo e maravilhoso, tem praia, tem região de montanha e, então, agora o turista não só para pessoas daqui, mas de outros estados e, eventualmente, de outros países. Todos podem conhecer as belezas do estado, incluindo a cacauicultura, um cultivo tradicional com mais 100 anos de existência", afirmou Scampini. Rota do Cacau: um passeio pela nova opção de agroturismo em Linhares Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
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